Vizela despede-se da Liga com uma face diferente daquela que demonstrou ao longo de toda a época. Já despromovido, o conjunto de Ruben de la Barrera, acaba a golear (4-0) no que aos jogos em casa diz respeito. Aflito, o Estrela da Amadora foi o carrasco. Fez figura de corpo presente, não construindo qualquer lance de perigo num jogo em que até podia ter alcançado a manutenção.

Há dois meses sem vencer – sete jornadas – os dois emblemas partiram para este jogo com sensações distintas. O Vizela já sem hipóteses de manutenção, o Estrela a lutar pela vida. Acaba, ainda assim, por ser a derrota do Portimonense na receção ao Rio Ave, a manter os sinais vitais da equipa da Amadora.

Prestação paupérrima da equipa que subiu este ano à Liga, com o técnico Sérgio Vieira a operar três substituições na primeira metade. A quarta foi feita ao intervalo, mas sem efeito. A equipa do Estrela acabou por sofrer uma derrota pesada em que não mostrou qualquer tipo de processo de jogo.

Samu com aplausos entre a contestação

O embate em Vizela foi tenso. A lutar pela vida frente a um Vizela já despromovido, nem foi o Estrela da Amadora a estar em foco. O embate decorreu com forte contestação dos adeptos do Vizela, que viraram costas ao relvado e insultaram dirigentes, treinador e alguns jogadores – Lacava foi o mais visado.

Nem o golo de Samu – dos poucos que foi aplaudido – serenou os ânimos. O Vizela adiantou-se no marcador aos oito minutos, com o capitão a recarregar com sucesso uma defesa de Bruno Brígido para a frente, após remate de Lokilo. O capitão vizelense foi oportuno a aparecer para a ressaca certeira.

A precisar de vencer, o Estrela da Amadora esteve praticamente inoperante. Não foi capaz de articular movimentos, foi pouco intenso e não criou qualquer lance de perigo. Resultado: com apenas 38 minutos de jogo decorridos já Sérgio Vieira tinha operado três substituições, fazendo a quarta ao intervalo.

Vizela chega à goleada: Estrela respira ar algarvio

Mesmo com as alterações, o Estrela não teve capacidade para mexer com o jogo. Pelo contrário, foi o Vizela a fazer galgar o marcador, naquele que terá sido um dos jogos mais fáceis da época. O placard avolumou-se com naturalidade perante um Estrela completamente apático.

Soro fez o segundo do Vizela e está na assistência para o terceiro, apontado por Matheus Pereira. O quarto surgiu pelo pé direito do recém-entrado Hugo Oliveira, culminado aí a marcha do marcador de um embate demasiado atípico, em que quem mais tinha a ganhar acabou por não fazer minimamente por isso.

Respira, ainda assim, ar algarvio o Estrela. Mantém-se com dois pontos de margem para o antepenúltimo lugar, por força da derrota caseira do Portimonense, que jogava à mesma hora com o Rio Ave. Volta a ganhar o Vizela, dois meses depois, largando a lanterna vermelha. O Estrela decide a manutenção dentro de uma semana, na receção ao Gil Vicente.